A Justiça de Cuiabá determinou que o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Mato Grosso (Creci-MT), Claudecir Roque Contreira, e o superintendente Deivissen Santana Benites de Oliveira mantenham uma distância mínima de um quilômetro de uma ex-funcionária que os acusou de assédio moral e ameaças psicológicas.
A medida protetiva foi concedida com base em relatos que incluem intimidação e manipulação emocional dentro da instituição.
A decisão tem validade de seis meses e proíbe os envolvidos de estabelecer qualquer tipo de contato com a vítima ou seus familiares, além de frequentar locais que ela costuma visitar.
O documento menciona que a medida foi aplicada considerando os riscos à integridade mental e física da denunciante.
As denúncias de assédio moral, feitas ao Ministério Público do Trabalho e à Polícia Federal, apontam um ambiente de trabalho abusivo no Creci-MT, onde empregados eram pressionados a trabalhar além do expediente regular, inclusive durante períodos de licença ou férias.
Uma das funcionárias relatou ter sido humilhada em reuniões e advertida de maneira injusta, o que gerou um clima de constante medo e perseguição.
O caso também envolve alegações de assédio sexual contra o conselheiro Beto Correia, que teria enviado mensagens e fotos inapropriadas à vítima, além de ameaçá-la com demissão caso não cedesse a seus avanços.
Em resposta às acusações, o Creci-MT divulgou uma nota informando que um Processo Administrativo Disciplinar foi instaurado para apurar os fatos, reforçando seu compromisso com a transparência e a ética.
As investigações continuam em andamento pelas autoridades competentes.