Em decisão publicada nesta sexta-feira,30, o desembargador Paulo da Cunha, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, negou o pedido de habeas corpus para Paulo Witer Farias Paelo, conhecido como WT, acusado de ser o tesoureiro e líder de uma facção criminosa.
WT foi o principal alvo da Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil em abril, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro oriundo do tráfico de drogas.
A defesa de WT argumentou que não havia "imprescindibilidade" na manutenção da prisão preventiva, mas o desembargador destacou que a prisão é necessária para a garantia da ordem pública, devido ao papel de liderança de WT na organização criminosa.
Segundo a investigação, a facção teria movimentado cerca de R$ 65 milhões em bens móveis e imóveis para lavar o dinheiro do tráfico, utilizando-se de estratégias como a criação de times de futebol amador e a construção de um espaço esportivo.
A operação resultou na prisão de 20 pessoas e na apreensão de vários veículos de luxo, incluindo BMW, Volvo, Toyota Hilux, entre outros, adquiridos sem comprovação de renda ilícita.