A vice-prefeita de Jauru, Enércia dos Santos (PSB), segue sendo investigada por uma suposta compra de votos nas eleições de 2024, com a investigação ganhando mais força após imagens de drone que registraram a movimentação de pessoas em sua residência, onde o esquema teria ocorrido.
O Ministério Público do Estado (MPE) já pediu a cassação e a inelegibilidade de Enércia.
O esquema de compra de votos começou a ser apurado no dia 3 de outubro, três dias antes da eleição, quando a Polícia Civil recebeu uma denúncia de distribuição de santinhos e troca de dinheiro por votos na casa da vice-prefeita. Com o uso de drone, a polícia conseguiu documentar a movimentação no local. Uma das eleitoras envolvidas na fraude foi flagrada com R$ 500 em notas de R$ 100, que ela afirmou ter recebido para votar nos candidatos e participar de comícios, e que ainda receberia mais uma quantia após novos eventos.
Na sequência, Enércia e mais seis pessoas foram presas, mas a vice-prefeita foi liberada após pagar uma fiança de R$ 80 mil e se comprometer a comparecer aos andamentos processuais.
Tentando se defender, Enércia alegou que a denúncia foi montada por adversários políticos, mas o juiz Carlos Roberto de Campos, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), não aceitou os argumentos apresentados, considerando-os insuficientes. Além disso, as provas indicam que ela tentou atrapalhar a investigação, com um vereador aliado tentando influenciar uma das testemunhas para que mudasse seu depoimento.
Caso Enércia seja cassada, o efeito também recairá sobre o prefeito eleito, Valdeci de Souza (PSB), o "Passarinho", o que poderá resultar em novas eleições municipais.
