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VARIEDADES Sábado, 29 de Março de 2025, 14:55 - A | A

Sábado, 29 de Março de 2025, 14h:55 - A | A

POLÊMICA

O grande mérito de Branca de Neve é acabar com o woke

 

O comediante Rob Schneider fez uma piada que rapidamente ganhou contornos de profecia.

 

Ao comentar o live-action de Branca de Neve, ele agradeceu ironicamente à Disney por encerrar o movimento "woke" em Hollywood e desejou sucesso aos executivos em seus futuros empregos fora da indústria do entretenimento.

 

O comentário, inicialmente visto como sarcasmo, acabou refletindo a realidade enfrentada pelo filme.

 

Lançado com grandes expectativas, o novo Branca de Neve não conseguiu alcançar o sucesso esperado e ficou marcado pelo peso de suas escolhas ideológicas.

 

Com uma arrecadação global de apenas US$ 87 milhões na estreia, o desempenho ficou abaixo até mesmo das projeções mais conservadoras.

 

Além disso, as avaliações foram severas, tanto em sites como IMDb quanto entre críticos especializados, que apontaram falhas na abordagem da narrativa e na tentativa de reinventar um clássico sem compreender seu público.

 

A Disney tentou atualizar um conto de 85 anos, mas acabou desfigurando sua essência.

 

A protagonista, Rachel Zegler, destacou em entrevistas que a Branca de Neve original era passiva e dependente, e que sua versão não necessitava de um príncipe. Embora o discurso buscasse modernização, muitos fãs interpretaram isso como um desrespeito à história e à memória afetiva da obra.

 

Outro ponto controverso foi a substituição dos sete anões por criaturas mágicas geradas em CGI. O que poderia ser visto como uma tentativa de inclusão acabou sendo criticado como uma distorção do conto original e um erro conceitual.

 

A produção também enfrentou turbulências nos bastidores devido a declarações polêmicas de Zegler, que se posicionou politicamente durante a divulgação do filme. Um de seus posts mais comentados trazia a frase "And always remember, free Palestine", o que gerou grande controvérsia.

 

Gal Gadot, que interpretou a Rainha Má, também foi envolvida no turbilhão de debates políticos, mesmo sem ter feito declarações sobre o tema no contexto do filme.

 

Sua origem israelense e o histórico familiar ligado ao Holocausto levaram seu nome ao centro de discussões.

 

Com o acirramento dos ânimos, a atriz passou a receber ameaças de morte, o que fez com que a Disney precisasse reforçar sua segurança pessoal.

 

As redes sociais não perdoaram a tempestade de polêmicas e memes surgiram comparando Gadot e Zegler, especialmente sobre a premissa central do filme: a inveja da Rainha pela beleza de Branca de Neve.

 

Essa inversão de expectativas gerou ainda mais críticas ao longa e ampliou o distanciamento entre Hollywood e seu público tradicional, que busca entretenimento e não discursos ideológicos.

 

No fim das contas, a piada de Schneider parece ter se concretizado. Branca de Neve não apenas fracassou como filme, mas se tornou um símbolo do esgotamento de um modelo de narrativa carregado de ativismo.

 

A tentativa de adaptar um conto clássico para agradar correntes ideológicas acabou resultando em um fiasco de bilheteria e um estudo de caso sobre o que evitar no cinema.

 

Se há um legado a ser destacado, é que o filme serviu de alerta para a indústria do entretenimento: a arte sobrevive, mas fórmulas forçadas e desconectadas do público correm o risco de desaparecer.

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