O Ministério Público da Venezuela confirmou nesta sexta-feira (15) a morte de Jesús Manuel Martínez Medina, um opositor do regime de Nicolás Maduro, que estava preso desde o dia 2 de agosto. Ele foi detido após participar de protestos contra o resultado das eleições presidenciais no país. A morte de Medina gerou protestos entre líderes da oposição, que afirmam que o opositor faleceu devido às condições desumanas em que estava sendo mantido preso.
De acordo com a denúncia feita por líderes oposicionistas na quinta-feira (14), Medina foi mantido em condições precárias e sem assistência adequada. A líder da oposição, María Corina Machado, afirmou que o jovem estava preso em uma “masmorra” e que sua detenção foi ilegal, sem mandado de busca e sem justificativa.
“Ele foi preso sem motivo, e os cuidados médicos que precisou nunca foram fornecidos”, denunciou a política.
Edmundo González Urrutia, ex-candidato presidencial e rival de Nicolás Maduro, também se manifestou sobre o caso. Segundo González, Medina morreu sem receber atendimento médico adequado, sem medicamentos essenciais e sem ser transferido para um centro de saúde, apesar da gravidade de seu estado.
Eduardo Battistini, um exilado político da oposição, descreveu Medina como um “jovem venezuelano preso injustamente pela ditadura de Maduro”, e acrescentou que ele estava exercendo seu direito fundamental de ser testemunha eleitoral nas eleições presidenciais. Battistini lamentou que, ao invés de ser protegido, Medina foi vítima de um regime que “persegue a verdade e a esperança de mudança”.
Por sua vez, o Ministério Público venezuelano alegou que Jesús Manuel Medina estava cumprindo prisão preventiva em um hospital do estado de Anzoátegui, onde, segundo a instituição, recebeu os devidos cuidados médicos, medicamentos e tratamentos para sua condição de saúde, que incluía diabetes. O órgão ainda afirmou que está comprometido com a “garantia do devido processo” e a proteção dos direitos de todos os detidos no país.