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MUNDO Domingo, 20 de Outubro de 2024, 12:42 - A | A

Domingo, 20 de Outubro de 2024, 12h:42 - A | A

TENSÃO

Presidente chinês ordena que exército se prepare para guerra

 
Em um sinal de alerta para a estabilidade regional, o presidente chinês, Xi Jinping, fez um apelo contundente às tropas do país, solicitando que intensifiquem a preparação para a guerra. A declaração foi feita na última quinta-feira (17) durante visita a uma brigada da Força de Foguetes do exército chinês, conforme divulgado pela emissora estatal CCTV neste sábado (19).

 

Xi enfatizou a necessidade de que o exército “reforce completamente o treinamento e a preparação para a guerra” e “garanta que as tropas possuam uma forte capacidade de combate”. Essa solicitação veio logo após a realização de exercícios militares em grande escala em torno de Taiwan, demonstrando o contínuo aumento das atividades militares chinesas na região.

 

Pressão crescente sobre Taiwan

 

Nos últimos anos, a China tem intensificado sua presença militar ao redor de Taiwan, um território que Pequim considera uma província rebelde, apesar de seu governo autônomo desde o fim da guerra civil chinesa em 1949. Taiwan, por sua vez, mantém um sistema democrático de governança, com eleições regulares e uma sociedade civil robusta, uma característica que contrasta fortemente com o regime autoritário do continente.

 

A mobilização militar recente incluiu a utilização de caças, drones e navios de guerra, cercando a ilha. Esses exercícios refletem o aumento da pressão de Pequim sobre Taiwan, em uma tentativa de isolar diplomaticamente a ilha e dissuadir qualquer movimento em direção à independência formal. Desde 2021, esta foi a quarta rodada de manobras militares de grande escala na região, ressaltando o compromisso da China em não descartar o uso da força para tomar o controle do território.

 

Contexto histórico das tensões

 

A raiz do conflito entre China e Taiwan remonta à guerra civil chinesa, que terminou em 1949 com a vitória das forças comunistas lideradas por Mao Zedong. As forças nacionalistas de Chiang Kai-shek, derrotadas, refugiaram-se em Taiwan, estabelecendo ali um governo separado. Desde então, a ilha tem operado como uma entidade política distinta, com sua própria constituição, exército e economia.

 

Embora Taiwan não tenha declarado formalmente sua independência, o Partido Comunista Chinês vê qualquer movimento nessa direção como uma ameaça direta à integridade territorial da China. Em resposta, o governo chinês tem adotado uma postura cada vez mais assertiva, tanto diplomática quanto militarmente, especialmente após a eleição da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen, que defende uma posição mais independente em relação a Pequim.

 

Repercussões internacionais

 

As ações da China em torno de Taiwan têm levantado preocupações na comunidade internacional, especialmente entre potências ocidentais como os Estados Unidos, que mantém uma política de apoio defensivo a Taiwan, sem, no entanto, reconhecer formalmente sua independência. A presença militar chinesa constante no Estreito de Taiwan tem o potencial de escalar em um conflito de grandes proporções, colocando em risco a segurança de toda a região do Indo-Pacífico.

 

Além disso, Taiwan é um dos maiores produtores de semicondutores do mundo, um componente essencial para a indústria tecnológica global. Qualquer interrupção nas cadeias de fornecimento da ilha poderia ter impactos econômicos significativos, tornando a estabilidade de Taiwan uma questão de interesse global.

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