A Polícia Federal (PF) está analisando mensagens e dados extraídos do celular de um cabo eleitoral, que atua como informante no processo contra o prefeito de Sinop, Roberto Dorner (PL). A investigação apura a existência de um suposto “escritório paralelo” utilizado em um esquema de “caixa dois” durante as eleições de 2024. A informação foi revelada em despacho do juiz da 22ª Zona Eleitoral de Sinop, Walter Tomaz da Costa, assinado na última quinta-feira (23).
A ação, movida pela Coligação Um Novo Rumo para Sinop, da ex-candidata Mirtes da Transterra (Novo), sustenta que as mensagens e outros elementos extraídos do aparelho podem comprovar os crimes eleitorais investigados, incluindo “caixa dois”, uso indevido de servidores e omissão de bens. Caso as acusações sejam confirmadas, Dorner pode ter o mandato cassado.
Segundo o despacho, os dados extraídos do celular foram armazenados em um HD sob custódia do Cartório Eleitoral, garantindo a cadeia de custódia das informações. O magistrado autorizou que a defesa do prefeito, os autores da ação e o Ministério Público Estadual (MPE) copiem os arquivos no prazo de dois dias, desde que forneçam um HD ou outro dispositivo adequado para armazenamento.
Além disso, o juiz determinou a restituição do celular à informante, que o havia disponibilizado para a investigação. A retirada do aparelho deverá ser formalizada por meio de um termo de entrega documentado no processo.