A presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputada estadual Janaina Riva (MDB), solicitou providências à Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) sobre um suposto acesso ilegal a informações sigilosas do candidato a prefeito de Cuiabá e deputado estadual, Eduardo Botelho (União), por parte de um soldado da inteligência da Polícia Militar.
De acordo com as informações preliminares, o militar, identificado apenas pelas iniciais H.E.A.G., teria acessado dados pessoais de Botelho sem autorização, o que levanta a suspeita de uso dessas informações para influenciar a disputa eleitoral. A Sesp comunicou que o caso está sob investigação interna da própria Polícia Militar, sob a responsabilidade do Comandante-Geral, coronel Alexandre Mendes.
Janaina Riva destacou em seu pedido que, caso a denúncia seja confirmada, o ato representa uma grave violação aos princípios de lisura, autenticidade e moralidade das eleições. "É um atentado à independência do poder estatal e à ordem jurídica estabelecida", afirmou a deputada, enfatizando o impacto que tal conduta pode ter na legitimidade do processo eleitoral.
A parlamentar também pediu que fosse investigado se outros deputados que disputam cargos no Executivo, como Lúdio Cabral (PT), Thiago Silva (MDB), e Cláudio Ferreira (PL), também tiveram seus dados acessados ilegalmente.
Em nota oficial, a Polícia Militar reiterou sua confiança nos membros da corporação, assegurando que todas as denúncias são investigadas e, quando comprovadas, os responsáveis são punidos com rigor.
Confira a nota na íntegra:
“A Polícia Militar de Mato Grosso reafirma a confiança em seus membros. Toda e qualquer denúncia que chega à Polícia Militar é prontamente investigada e, se procedente, o envolvido é punido com o rigor da lei. A Polícia Militar vai continuar a cumprir sua missão de prevenção e combate ao crime, e para isso conta com a confiança da sociedade”.
"A Polícia Militar de Mato Grosso reafirma a confiança em seus membros. Toda e qualquer denúncia que chega à Polícia Militar é prontamente investigada e, se procedente, o envolvido é punido com o rigor da lei", declarou a instituição.