Na quinta-feira (21), o deputado federal José Medeiros (PL) de Mato Grosso expressou sua defesa pela inocência do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi indiciado pela Polícia Federal por supostamente tentar impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em uma declaração polêmica, Medeiros desqualificou as acusações, afirmando que elas fazem parte de uma estratégia de Lula para eliminar Bolsonaro do jogo político até as eleições de 2026.
Medeiros abordou a questão em uma coletiva, onde classificou as alegações como “uma piada”, argumentando que a narrativa de um suposto plano para assassinar Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, é infundada e sem substância.
“O que está sendo sugerido é tão absurdo que parece mais um roteiro de filme do que uma realidade política”, disse o deputado, ressaltando que a busca por uma justificativa para a inelegibilidade de Bolsonaro é, na sua visão, um esforço desesperado do governo.
O indiciamento de Bolsonaro e outras 66 figuras, incluindo o general da reserva Braga Netto, vem à tona em um contexto tenso, onde a Polícia Federal concluiu que um grupo de apoiadores de Bolsonaro teria planejado ações para desestabilizar o governo de Lula no fim de 2022, pouco antes de sua posse.
Medeiros também direcionou suas críticas ao relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, indicando que sua atuação poderia comprometer a segurança jurídica do processo.
Ele fez uma comparação a ícones do cinema de ação, afirmando que Moraes está assumindo papéis múltiplos que deveriam ser mantidos separados dentro do sistema judiciário.
"O ministro Alexandre consegue ser um protagonista melhor do que Marlon Brando, Silver Stallone ou Chuck Norris. Está tudo fora do lugar", disse.
Com Bolsonaro atualmente inelegível, apoiadores e aliados esperam por uma possível reversão das mudanças jurídicas antes das próximas eleições.
O caso continua a gerar polêmica e intensificar as divisões políticas no Brasil, enquanto a narrativa sobre as ações e a influência de Lula segue em debate no Congresso e entre a população.