O governador Mauro Mendes (União) anunciou nesta quarta-feira que a Metamat (Companhia Mato-grossense de Mineração) será extinta a partir do próximo ano.
A decisão segue o mesmo modelo adotado em 2019, quando o governo encerrou as atividades da Ceasa (Central de Abastecimento do Estado), e reforça o compromisso de Mendes em promover reformas administrativas mesmo nos últimos meses de seu mandato.
O governador destacou que não teme adotar medidas impopulares, desde que elas garantam a eficiência do Estado e beneficiem a maioria da população.
“Não estou aqui para agradar. Meu compromisso é com a maioria dos mato-grossenses e com a eficiência do Estado. Decisões impactantes e desagradáveis, quando necessárias, serão tomadas”, declarou Mauro Mendes, que já nomeou o responsável por coordenar o processo de extinção da Metamat.
Diante de críticas sobre o impacto dessa decisão, incluindo possíveis demissões, Mendes foi enfático ao afirmar que o papel do governo não é gerar empregos diretamente, mas administrar os recursos públicos de maneira eficiente.
Segundo ele, a prioridade é utilizar o orçamento para investimentos que beneficiem a sociedade como um todo, sem onerar os contribuintes com aumentos de impostos.
“Um Estado eficiente é aquele que traz valor real para a sociedade. Gastar corretamente o dinheiro público nos permite realizar investimentos sem aumentar a carga tributária em Mato Grosso”, disse o governador.
Mauro Mendes também comentou sobre a possibilidade de novas mudanças em sua equipe administrativa, reiterando que qualquer substituição será baseada em critérios técnicos, mas sem deixar de ouvir opiniões da classe política.
Apesar disso, ele ressaltou que a decisão final sobre o staff será sempre sua.
“Nunca trabalhamos com barganhas políticas. É natural ouvir deputados ou aliados, mas a escolha final é minha e sempre se baseia no que é melhor para a gestão pública”, afirmou.
A extinção da Metamat, assim como outras medidas de contenção de despesas adotadas por Mendes ao longo de sua gestão, reflete sua postura de modernizar e tornar mais eficiente a máquina pública, mesmo que essas ações enfrentem resistência de setores específicos.