O deputado estadual Max Russi (PSB), recentemente eleito por unanimidade como presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) para o biênio 2025-2026, defendeu a validade da eleição para a Mesa Diretora, afirmando que o processo ocorreu "dentro da normalidade institucional" e deve, por isso, ser respeitado.
A declaração vem em resposta à possibilidade de que a votação seja anulada, uma vez que uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) foi ajuizada pela Procuradoria Geral da República (PGR) no Supremo Tribunal Federal (STF).
"A ação ainda não foi despachada e não fomos notificados, mas estamos acompanhando com tranquilidade. Foi uma eleição unânime e dentro da normalidade institucional", disse Russi.
O pleito, realizado em agosto, foi antecipado devido às movimentações eleitorais para as eleições municipais e contou com a participação e apoio de todos os 24 parlamentares estaduais.
A chapa eleita inclui o deputado Júlio Campos (União) como vice-presidente e Doutor João (MDB) como primeiro-secretário.
A ADI, assinada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, questiona a validade do pleito ao alegar que a eleição da Mesa Diretora deveria ocorrer na última sessão ordinária de setembro, segundo o artigo 15 do Regimento Interno da Assembleia.
Caso o STF considere a ação procedente, será necessário realizar uma nova votação.
Russi demonstrou confiança na independência do Judiciário e reforçou a importância da harmonia entre os Poderes.
"A independência e harmonia entre os Poderes são uma pedra fundamental nas democracias. Eu sigo confiante nas nossas instituições e especialmente no STF e sua missão de guardião da Constituição", afirmou o deputado.
Ainda não há data marcada para o julgamento no Supremo, e a decisão poderá influenciar significativamente o cenário político na ALMT.