Em uma contundente entrevista à imprensa, o vereador Macrean Santos expressou sua profunda indignação em relação ao manuseio do caso de uma mulher que morreu após ficar desassistida em uma unidade de saúde.
O vereador criticou a atuação da Comissão de Ética da Câmara, que, segundo ele, tem priorizado um processo que quase resultou na cassação de seu mandato em vez de investigar as circunstâncias da morte da paciente.
Macrean, que é conhecido por seu papel fiscalizador, relatou que sua tentativa de intervir no caso foi mal interpretada.
Ele visitou um pronto-socorro com o intuito de obter informações sobre o estado clínico de uma amiga da família, que, conforme o vereador, havia estado sem assistência adequada por 30 dias.
"Eu fui lá tentar salvar uma vida, mas acabei sendo tratado como criminoso", desabafou, referindo-se ao fato de que, ao buscar informações, foi ignorado pelo médico responsável, que, em seguida, acionou as autoridades policiais.
A situação se agravou quando a paciente, segundo relatos da família, faleceu após complicações em uma cirurgia.
Macrean denunciou que os médicos não informaram adequadamente os riscos do procedimento e apenas convidaram os familiares para acompanhar o desfecho trágico.
O vereador apresentou documentos que comprovam os maus-tratos enfrentados pela mulher e questionou a inércia da Câmara em investigar a situação. "Por que aquela mulher entrou lá? Por que ficou 30 dias desassistida? A Câmara não está preocupada em saber as causas da morte", lamentou.
A crítica de Macrean não se limitou apenas à falta de investigação sobre a morte da paciente.
Ele também denunciou irregularidades no processo ético que enfrenta, alegando cerceamento de defesa e identificando mais de dez falhas processuais.
O juiz responsável pelo caso acabou concedendo uma liminar que garantiu sua permanência