Sob governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a picanha alcançou o seu preço mais alto dos últimos 18 anos no Estado de São Paulo. 0 levantamento foi realizado pelo portal Poder360.
Durante a campanha presidencial de 2022, Lula prometeu tornar o corte acessível para a população mais pobre.
O pais tem que voltar a crescer, tem que voltar a ser feliz, tem que voltar a gerar emprego", disse, em entrevista ao Jornal Nacional. "0 povo, eu digo sempre, o povo tem que voltar a comer um churrasquinho, a comer uma picanha e tomar uma cervejinha.
Em novembro, o valor médio do quilo da picanha alcançou R$ 77,44, representando um aumento de R$ 9,77 em comparação ao final de 2023, quando o preço era R$ 67,67.
Entre os fatores que contribuíram para a elevação dos preços, destaca-se a alta do dólar, que atingiu níveis recordes em 2024. Isso tornou as vendas externas de carne mais atrativas do que o mercado interno, reduzindo a oferta local.
O custo de importação de insumos para alimentação animal aumentou, sendo repassado aos consumidores.
Além disso, as condições climáticas adversas, como a seca intensa e as altas temperaturas, que prejudicaram as pastagens e limitaram a disponibilidade de gado. Houve uma redução no abate de vacas depois de três anos de descarte significativo de fêmeas, diminuindo a oferta no mercado e elevando os preços.
O aumento do custo da picanha para o consumidor
Para ilustrar o impacto no bolso dos consumidores, um grupo de amigos que planeja comprar quatro kg de picanha para celebrar o Ano Novo deve desembolsar cerca de R$ 310.
No mesmo periodo do ano anterior, o custo seria de R$ 271, o que representa um aumento de R$ 39 para o mesmo corte.
Considerando uma perspectiva de longo prazo, o preço nominal do quilo da picanha aumentou R$ 39 ao longo dos últimos dez anos.
Mesmo em valores ajustados pela inflação, o preço médio em 2024 só é inferior aos de 2021 e 2022 nos últimos 18 anos.
Levantamento revela otimismo reduzido no governo Lula
Uma pesquisa do PoderData, do portal Poder360, mostra que o otimismo dos brasileiros com suas finanças pessoais diminuiu sob o governo Lula.
Em dezembro de 2024, 52% dos eleitores acreditam que suas finanças irão "melhorar" no próximo semestre, uma queda de 5 pontos percentuais em relação a julho, quando o otimismo atingiu seu maior nível desde a pandemia.
Já a parcela que prevê que sua situação financeira pode "piorar" subiu de 12% para 16% no mesmo período. Os dados refletem uma preocupação crescente com a economia, embora grande parte ainda tenha expectativas positivas para o futuro.
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