Na corrida eleitoral pela prefeitura de São Paulo, os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (Psol) garantiram lugar no segundo turno, após uma apuração acirrada.
Com 97,5% das urnas apuradas, Nunes, atual prefeito, alcançou 29,53% dos votos válidos, enquanto Boulos ficou logo atrás, com 29,02%. Pablo Marçal (Pros), que disputava fortemente, terminou com 28,14%, ficando fora da próxima etapa.
O cenário eleitoral, com a eliminação de Marçal, abre espaço para as negociações com os partidos derrotados. Boulos, que conta com o apoio de uma coligação de esquerda formada por PT, PCdoB, PV e PDT, enfrentará Nunes, apoiado por partidos como PP, PL e PSD, em um confronto de propostas políticas opostas.
O segundo turno, marcado para 27 de outubro, promete intensos debates e exposições nas emissoras de rádio e TV, que devem destacar temas como a "máfia das creches", que envolve o nome de Nunes, e os desafios de gestão da maior cidade do Brasil.
Guilherme Boulos, deputado federal e líder do MTST, já conta com uma experiência relevante em disputas majoritárias, incluindo a corrida presidencial de 2018 e a candidatura à prefeitura em 2020.
Já Nunes, que assumiu a prefeitura em 2021 após a morte de Bruno Covas, enfrenta pela primeira vez uma campanha como cabeça de chapa.
Ambos terão o desafio de conquistar o eleitorado que optou por outros candidatos no primeiro turno, como Tabata Amaral (PSB), que somou 9,93% dos votos.
Com projetos distintos, o segundo turno em São Paulo polariza a cidade entre o atual prefeito, que representa a continuidade de uma gestão ligada à extrema-direita de Jair Bolsonaro, e Boulos, um líder da esquerda que promete trazer mudanças sob o apoio do presidente Lula.
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