A creatina é um ácido orgânico nitrogenado que se encontra naturalmente no corpo, principalmente nos músculos e no cérebro, conforme descrito no site do portal MedlinePlus, da Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos, que também indica que essa substância é adquirida em pequenas quantidades por meio de alimentos como carne vermelha e peixe.
Essa substância desempenha um papel importante na geração de energia para as células do corpo, razão pela qual muitas pessoas buscam consumi-la por meio de suplementos, especialmente aquelas que realizam longos períodos de treinamento físico.
A creatina atua como uma reserva rápida de energia, pois ajuda a regenerar o trifosfato de adenosina, a principal fonte de energia celular.
O consumo de creatina afeta os rins?
No entanto, devido ao seu uso como suplemento para aumentar a energia e a massa muscular, surgiu a discussão sobre se o consumo desse ácido pode afetar os rins.
"A creatina eleva as reservas de fosfocreatina muscular, que é o combustível", diz o portal Fitness Revolucionario, acrescentando que esse tipo de suplemento é utilizado por pessoas que precisam de energia extra para "esforços de alta intensidade e curta duração", indicando que, uma vez esgotada, o organismo passa a utilizar glicogênio.
A Mayo Clinic, instituição americana especializada em pesquisas médicas, menciona que suplementos contendo creatina também são utilizados para tratar determinados distúrbios cerebrais, condições neuromusculares, insuficiência cardíaca congestiva e outras enfermidades.
O neurologista Leonardo Bello, autor do livro Que tu vida no sea un dolor de cabeza, em português: "Para que sua vida não seja uma dor de cabeça", menciona que a creatina auxilia no metabolismo energético dos músculos, do cérebro e dos neurônios, razão pela qual todas as pessoas podem consumi-la. No entanto, ele recomenda que, quando ingerida em forma de suplemento, a substância esteja acompanhada da prática de exercícios, para que essa dose extra de energia não seja desperdiçada.
O portal Fitness Revolucionario afirma que, durante a atividade física, o corpo converte a creatina em creatinina, que depois é expelida pela urina, motivo pelo qual seu consumo não representaria um risco para a saúde renal.
No entanto, a Mayo Clinic especifica que, embora o consumo de creatina não apresente efeitos colaterais para pessoas que a ingerem da maneira indicada, ele pode afetar a saúde daqueles que sofrem de distúrbios renais.
"A creatina pode ser insegura para pessoas com problemas renais preexistentes", diz a Clínica Mayo, destacando que ainda são necessárias mais pesquisas para determinar os efeitos desse suplemento.