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SAÚDE Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024, 11:15 - A | A

Sexta-feira, 22 de Novembro de 2024, 11h:15 - A | A

CRISE NA SAÚDE

Pronto Socorro de VG enfrenta superlotação e colapso estrutural

O relatório aponta problemas como superlotação, escassez de médicos, ausência de medicamentos e equipamentos adequados, além de uma estrutura física precária

 

 A situação do Pronto-Socorro Municipal de Várzea Grande (PSMVG) é alarmante. Uma fiscalização do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), realizada no último dia 11, revelou um panorama crítico nas condições de atendimento e infraestrutura da unidade, que atende uma população em crescente demanda por serviços de saúde.

 

O relatório aponta problemas como superlotação, escassez de médicos, ausência de medicamentos e equipamentos adequados, além de uma estrutura física precária.

 

Esses fatores têm comprometido severamente a qualidade do atendimento aos pacientes, conforme enfatizou o segundo vice-presidente do CRM-MT, Osvaldo César Mendes. Ele descreveu a realidade da unidade como "inaceitável".

 

Durante a vistoria, foi constatado que todos os setores do PSMVG apresentavam irregularidades em relação à legislação sanitária.

 

Na Sala de Estabilização, por exemplo, apenas um dos dois ventiladores mecânicos funcionava, enquanto na Sala Vermelha, destinada a casos críticos, 13 leitos estavam ocupados com apenas três médicos para atendê-los.

 

O caos se estende à Pediatria, onde seis dos 10 leitos disponíveis estavam inoperantes devido à falta de colchões, e apenas um médico estava realizando atendimentos em um turno que deveria contar com pelo menos dois profissionais.

 

A superlotação também atinge a enfermaria, que abrigava 30 pacientes em um espaço projetado para 20, resultando em macas dispostas nos corredores.

 

Além disso, a falta de um tomógrafo, identificado como quebrado, dificulta a avaliação de pacientes com quadros de emergência, aumentando os riscos para a saúde da população.

 

Na UTI Neonatal/Pediátrica, a situação é ainda mais crítica. Com internações suspensas por falta de materiais e medicamentos, as condições já desfavoráveis são agravadas por problemas de goteiras, que impedem a utilização de leitos.

 

"As falhas no tratamento, devido à constante falta de medicamentos, levam à resistência bacteriana, tornando os cuidados pouco efetivos", lamentou a responsável pela fiscalização.

 

Infelizmente, são as falhas estruturais e a ineficiência na gestão que colocam em risco a saúde dos cidadãos. O CRM-MT se comprometeu a tomar medidas cabíveis contra os responsáveis pela precarização do atendimento no PSMVG.

 

À medida que o Estado enfrenta desafios crescentes na área da saúde, a esperança é que ações urgentes sejam implementadas para reverter esse quadro deplorável e garantir o direito à saúde para todos.

 

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