A ex-deputada federal e cantora Flordelis foi transferida para a cela solitária da Penitenciária Talavera Bruce, em Bangu, Zona Oeste do Rio de Janeiro, depois que agentes encontraram um celular em sua cela. A apreensão do aparelho levou à suspensão de vários benefícios que ela e as outras três detentas que dividiam a mesma cela recebiam, incluindo visitas íntimas e aulas de crochê, conforme informações divulgadas pela coluna Segredos do Crime, do jornal O Globo.
Além de Flordelis, as outras presas que estavam com ela na cela – Fernanda Silva de Almeida (conhecida como Fernanda Bumbum), Alessandra Belmonte Sá e Ana Carolina Fonseca Tavares da Silva – também foram punidas da mesma forma. O celular apreendido foi encaminhado à 34ª DP (Bangu) para análise, e a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) abriu uma investigação para apurar as circunstâncias do ocorrido.
Flordelis nega que tenha usado o celular, enquanto Ana Carolina admitiu ser a proprietária do aparelho. No entanto, o celular foi encontrado sob a cama de Alessandra Belmonte. Cada uma das detentas tem uma condenação pesada: Fernanda Silva foi sentenciada a 28 anos de prisão pelo assassinato de sua rival no mercado ilegal da estética, Marcilene Soares Gama, em um episódio conhecido como "guerra do silicone". Alessandra Belmonte, por sua vez, cumpre 120 anos de prisão pelo crime de estelionato, envolvendo a chamada “máfia dos títulos”, e Ana Carolina foi condenada a 21 anos e quatro meses por tortura. Já Flordelis cumpre 50 anos de prisão pelo homicídio de seu marido, o pastor Anderson do Carmo.
Após a punição, Flordelis precisou ser levada a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Complexo Penitenciário de Bangu devido a um pico de pressão alta. Ela recebeu medicação e passou a noite em observação. Após exames realizados nesta sexta-feira (7), a ex-deputada foi liberada e retornou ao presídio.