A 2ª Vara do Júri de Fortaleza (CE) revogou as prisões preventivas de três réus acusados de envolvimento na morte e decapitação de Aurileide Gonçalves da Silva, conhecida como “Neide”, assassinada em novembro de 2022. Os acusados — Yuri Marques Nogueira, Francisca Glaucimara Cardozo da Silva e Jadeline Silva — são apontados como integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV).
Eles foram liberados em março deste ano e atualmente cumprem medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica. A decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) considera que não há, no momento, elementos suficientes que justifiquem a manutenção da prisão preventiva.
“Não há, neste momento, elementos contemporâneos que demonstrem que a eventual liberdade dos acusados causaria risco à ordem pública”, afirma o juiz responsável no despacho judicial.
O crime
Neide foi sequestrada, amordaçada, morta e teve a cabeça decapitada no dia 26 de novembro de 2022, no bairro Pirambu, em Fortaleza. O corpo foi abandonado em uma praia da capital.
Segundo a investigação, o assassinato foi motivado por rivalidade entre facções. Embora tivesse parentes em área controlada pelo Comando Vermelho, Neide morava em território dominado pelo grupo Guardiões do Estado (GDE). A suspeita da facção rival era de que ela estaria repassando informações por meio da filha, que vivia na área sob domínio do GDE.
O Ministério Público do Ceará (MPCE) denunciou quatro pessoas pelo crime. Um quinto envolvido, Márcio Alexandre Medeiros da Silva, morreu antes do andamento da ação penal.
O caso segue em tramitação na Justiça, com os acusados aguardando julgamento em liberdade monitorada.