As fortes chuvas que atingiram Várzea Grande neste sábado (1º de fevereiro) deixaram 20 pessoas desabrigadas e provocaram alagamentos nos bairros Alameda e Construmat. O transbordamento de um córrego atingiu pelo menos 50 residências, forçando algumas famílias a deixarem suas casas.
Apesar da atuação rápida das secretarias de Viação e Obras e de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, que realizaram a desobstrução do canal, cinco famílias permaneceram desabrigadas ao anoitecer, pois a água não escoou completamente de suas residências. Para garantir a segurança dessas pessoas, a Defesa Civil, em conjunto com as secretarias de Assistência Social e Educação, providenciou abrigo temporário na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) 'Manuel Correia de Almeida', no bairro Alameda.
O comandante da Guarda Municipal, Juliano Lemos, alertou para o risco de novos alagamentos. “A previsão era de uma chuva entre 60 mm e 100 mm, mas com certeza foi muito mais. Se a chuva continuar intensa no domingo, os córregos podem voltar a transbordar, mesmo com a limpeza emergencial que fizemos”, explicou.
O secretário de Defesa Social, Louriney Santos Silva, informou que a Defesa Civil está monitorando 992 residências localizadas em áreas de risco de alagamento. Ele reforçou que os moradores devem acionar os órgãos competentes em caso de emergência pelos telefones 98475-7114 (Defesa Civil) ou 190 (Polícia Militar).
A prefeita Flávia Moretti (PL) esteve nos bairros afetados e criticou a falta de investimentos em infraestrutura das gestões anteriores. “Os alagamentos são resultado do descaso e da omissão de décadas. Vamos apresentar soluções definitivas para que essa situação não se repita”, afirmou.
O secretário de Viação e Obras, Celso Luis Pereira, anunciou que na segunda-feira sua equipe fará uma análise para reestruturar o córrego e evitar novos transbordamentos. Ele explicou que, mesmo com uma limpeza feita na semana anterior, o lixo acumulado e o crescimento desordenado da cidade comprometeram o escoamento da água.
Ações emergenciais da prefeitura evitaram danos mais graves, mas a população segue apreensiva com a previsão de novas chuvas intensas. O monitoramento segue ativo para prevenir tragédias e minimizar prejuízos.
Famílias se recusam a sair
Apesar de todo susto e transtorno, as famílias se recusam a sair de casa, alegando que precisam cuidar de seus bens. O secretário de Educação, Pe. Edson Sestari, garantiu abrigo aos mais atingidos por meio da Pestalozzi, mas ainda assim, as famílias preferiram ficar.
Uma força-tarefa com cerca de 30 homens e mulheres estão empenhados na ação de limpeza, atendimento e levantamento da situação.
O córrego, que passa quase que na lateral do Fort Atacadista da Avenida da FEB, já havia sido limpo, foi um dos primeiros locais que a nova gestão esteve trabalhando na primeira semana de janeiro. “O problema é que as manilhas têm a circunferência pequena, e com o volume de chuvas de hoje, não fui possível escoar e dar vazão à água e ela acabou transbordando e invadindo ruas e as casas”.
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