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THIAGO PACHECO Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025, 13:14 - A | A

Quinta-feira, 16 de Janeiro de 2025, 13h:14 - A | A

POR THIAGO PACHECO

Meta Fiscal: Governo cumprirá a meta? E se não, oque acontece?

Thiago Pacheco

 

Um dos temas mais observados pelo mercado, mesmo com todo murmurinho de PIX, posse de Trump, com a ida ou não de Bolsonaro, conflito na faixa de Gaza, dólar acima de R$ 6,00, entre outros, está no cumprimento do Governo no que tange o déficit zero da meta fiscal. Com isso vem se gerando dúvidas do que acontece se não se cumprir, lembrando que há uma possibilidade de um desvio de 0,25 pontos para mais ou para menos.

Um dos assuntos que mais geraram dúvidas na população, além dos impactos no bolso, no dia a dia das famílias, se há ou não a possibilidade de Lula deixar o Governo. Isso mesmo!! Afinal, vale lembrar que em 2016 a então presidente Dilma Roussef sofre um impeachment devido ao descontrole fiscal de sua gestão. Bom vamos tentar explicar de maneira simples o que acontece caso o Governo não cumpra a meta de seu arcabouço fiscal, haja visto, os constantes pronunciamento do ministro Fernando Haddad, de que a meta fora cumprida, vamos lá!

Com a mudança de âncora fiscal para o atual modelo, fato que ocorreu logo após a posse do Governo Lula, a possibilidade de um impeachment é remota, se levado em consideração o simples fato de descumprimento da meta. Porém, para a população em geral, o não cumprimento, irá impactar diretamente negativamente suas vidas.

Para entendimento, é sabido que as despesas governamentais aumentam a cada dia, desde o início do mandato de Lula. A indicação do exponencial aumento de ministérios, já sinalizava que teríamos um esforço significativo para custear toda a nova, e bem maior, aparelhagem do Governo. Já no seu primeiro ano, 2023, Lula registrou um déficit de R$ 249 bi em sua gestão, que gerou extrema atenção do mercado quando da possibilidade de se cumprir a meta do arcabouço fiscal, mesmo com uma significativa melhora destas contas, até novembro, já se registra um rombo de R$ 66,8 bi, lembrando que em dezembro temos uma pressão maior, em decorrência dos pagamentos de 13º do funcionalismo e beneficiários do INSS.

Com altas despesas, e uma resistência significativa no aumento de impostos, para fins de melhora na arrecadação, como mencionamos em edições anteriores, aqui um parêntese, “pudera, afinal temos uma das maiores cargas tributárias do planeta”. Uma ala do mercado já sinaliza um não cumprimento da meta, e com isso, o Governo perde sua liberdade de gastar, e consequentemente, teremos significativa redução em investimentos, impactando áreas como infraestrutura, saúde e educação por exemplo.
Uma preocupação dos analistas, são as novas frentes sociais, como o pé-de-meia universitário e as isenções de IR, de como se acomodaram no orçamento dos próximos anos.

Mas temos assuntos ainda, que em não havendo o cumprimento, impactará diretamente as famílias. Caso ocorra o não atingir a meta fiscal, gera um ciclo vicioso: aumento de juros, reduzindo a capacidade de investimentos das empresas, naturalmente, o aumento da inflação, reduzindo o poder de compra das famílias, consequentemente, desacelerando e diminuindo a economia brasileira.
À algumas colunas, estamos sinalizando a necessidade de se reduzir, e deixar mais eficiente os gastos do Governo, e não simplesmente, buscar aumentos de arrecadação (aumentando mais e mais impostos). Há uma necessidade de se repensar sistemicamente a utilização da verba pública, passando pela aparelhagem governamental, emendas, investimentos sociais, que venham impactar sim a classe mais necessitada, mas sobretudo, que venha a ser perene, grandiosa, e enalteça o crescimento da população, sob um aspecto econômico, intelectual e social, e não somente como uma bandeira partidária. Para que sistemicamente, e soberanamente o Brasil possa crescer, frente aos interesses da maioria (o povo) e não de alas políticas.

 

*Thiago Pacheco é especialista em finanças, mercado, controladoria, agronegócios e ESG, com mais de 20 anos de indústria financeira, com passagens em grandes bancos com presença internacional, além dos maiores players do agro. Professor e mentor para o mercado financeiro e de capitais, palestrante, pesquisador, e ainda, fundador e CEO da Elevare Institute.

 

 
 

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