Nos últimos 20 anos, 1.729 jornalistas foram mortos em todo o mundo devido ao exercício de sua profissão, de acordo com a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF).
Só em 2024, 54 jornalistas foram assassinados – sendo 52 homens e duas mulheres. O balanço foi divulgado na sexta-feira (13) no site da Agência Brasil.
O diretor do escritório da RSF para a América Latina, Artur Romeu, destacou que este foi o ano com maior número de jornalistas mortos em zonas de conflito, com 31 profissionais assassinados, principalmente na Palestina. O conflito entre Israel e Hamas resultou na morte de 16 jornalistas.
Segundo a RSF, muitos desses profissionais foram alvo direto de ataques, sendo usados como reféns ou ameaçados para inibir a cobertura jornalística.
Além da Palestina, mortes de jornalistas foram registradas em países como Paquistão (sete), Bangladesh (cinco) e México (cinco). Também houve casos no Sudão, Birmânia, Colômbia, Ucrânia, entre outros.
O levantamento revelou ainda que 550 jornalistas foram presos em 2024 – 7,2% a mais que no ano anterior.
A China lidera a lista de países com mais jornalistas detidos (124), seguida por Birmânia (61) e Israel (41).
A ONG também destacou o aumento de ameaças digitais, especialmente no Brasil, durante o período eleitoral.
Foram identificadas mais de 37 mil postagens ofensivas contra jornalistas nas redes sociais, intensificando o debate sobre a regulamentação das plataformas digitais.