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JUDICIÁRIO Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 16:09 - A | A

Segunda-feira, 25 de Novembro de 2024, 16h:09 - A | A

NECESSÁRIO NO COMBATE AO CRIME

Chefe do MPE propõe gravação de conversas entre advogados e faccionados para combater  o crime organizado em MT

Durante a cerimônia de lançamento do programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado”,

 

O procurador-geral de Justiça Deosdete Cruz Júnior lançou um alerta sobre o papel que alguns advogados desempenham dentro do sistema penal, afirmando que muitos se tornam verdadeiros "pombos correio do crime".

 

Durante a cerimônia de lançamento do programa “Tolerância Zero ao Crime Organizado”, realizada no Palácio Paiaguás nesta segunda-feira (25), ele defendeu a necessidade de gravar as conversas entre advogados e clientes faccionados nos presídios do Estado.

 

“Precisamos relativizar esse direito. O advogado que está atendendo um faccionado precisa ter a sua conversa gravada para o bem da sociedade. Passou da hora de discutirmos sobre isso. Precisamos colocar o dedo nessa ferida”, afirmou Deosdete em seu discurso, enfatizando a importância de medidas mais rigorosas na defesa da segurança pública.

 

O procurador denunciou a prática de alguns profissionais da advocacia que, segundo ele, “usurpam da profissão”, facilitando a comunicação entre organizações criminosas e seus membros.

 

Essa observação visa abrir um debate sobre a atuação de advogados nesse contexto e a relação deles com a criminalidade.

 

Além das gravações, Deosdete Cruz Júnior também propôs alterações na legislação penal. Ele argumentou que os Poderes estão em desvantagem na luta contra as facções, pois atuam sob normas já ultrapassadas.

 

“Estamos enfrentando instituições criminosas que utilizam táticas de guerrilha para expandir seu território e extorquir a população. Para não perdermos essa guerra, é fundamental que haja unidade e coesão entre os órgãos envolvidos na segurança pública e Justiça”, ressaltou.

 

De acordo com o procurador, a legislação atual, herdada do século passado, torna a luta contra o crime organizado ainda mais desafiadora.

 

“Como promotor de Justiça, percebo que estamos armados com ferramentas de um tempo em que a realidade era bem diferente.Faço um apelo aos deputados para que provoquem o Congresso Nacional em busca de instrumentos mais adequados para que possamos atuar contra as facções de maneira efetiva”, concluiu.

 

Essas declarações geram um debate sobre os limites da atuação dos advogados e a necessidade de reformas estruturais para enfrentar a crescente complexidade do crime organizado no país.

 

O tema promete continuar a suscitar polêmicas e reflexões sobre a relação entre direitos individuais e a segurança da sociedade.

 

 

 

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