A empresária Taiza Tossat Eleotério da Silva permanece detida na Cadeia Pública Feminina de Colíder, mesmo após a juíza Débora Roberta Pain Caldas, da 2ª Vara Criminal de Sinop, emitir um alvará de soltura na última quinta-feira (14).
A detenção da empresária, que começou no dia 31 de outubro durante a Operação Cleópatra, se estende devido a um segundo mandado de prisão relacionado a um suposto esquema de pirâmide financeira que ela teria liderado.
Enquanto o marido de Taiza, Wander Aguilera Almeida, foi liberado sob medidas cautelares, sua defesa havia conseguido um habeas corpus em resposta à prisão em flagrante por posse de munições e anabolizantes ilegais.
Durante essa operação, Wander assumiu a responsabilidade pelos materiais ilícitos, mas ambos foram indiciados.
De acordo com informações ao receber o alvará que autorizava a soltura de Taiza, a direção do presídio identificou a existência de um novo mandado de prisão.
Esta nova ordem está vinculada a investigações iniciadas pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) de Cuiabá, que investiga Taiza por crimes de estelionato, associação criminosa e fraude.
As investigações apontam que Taiza é a suposta líder de um esquema que já identificou dezenas de vítimas, gerando um prejuízo de pelo menos R$ 2,5 milhões.
Contudo, muitos lesados optaram por não registrar boletim de ocorrência, e o número total de vítimas pode superar 100, resultando em perdas que ultrapassam R$ 15 milhões.
Entre 2021 e 2022, Taiza conduziu os negócios da empresa DT Investimentos, localizada no Edifício Helbor Business, em Cuiabá, enquanto contava com a colaboração de seu ex-marido, Ricardo Mancinelli Souto Ratola, e do cirurgião-geral Diego Rodrigues Flores.
Ambos os sócios também foram alvo da Operação Cleópatra, enfrentando mandados de busca e apreensão, além de bloqueios de bens e suspensão das atividades de suas empresas.
O caso permanece sob investigação pela Polícia Civil, enquanto a perplexidade em torno da situação