O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus impetrado pela defesa da cirurgiã dentista Mara Kenia Dier Lucas, mantendo sua prisão preventiva.
Mara é acusada de integrar um esquema de tráfico de drogas e armas, investigado pela Operação Escamotes, deflagrada pela Polícia Federal em maio.
Ela é esposa de Flávio Henrique Lucas, apontado como líder do grupo criminoso, que também está preso.
A defesa argumentou que houve "constrangimento ilegal" na manutenção da prisão, alegando falta de fundamentação adequada.
Contudo, o ministro Messod Azulay Neto, responsável pela decisão, considerou que o pedido de liminar estava mais relacionado ao mérito da causa, o que será analisado no julgamento definitivo.
Ele enfatizou a necessidade de uma análise detalhada dos elementos do processo antes de se considerar a existência de constrangimento ilegal.
A Operação Escamotes, que investiga o transporte de drogas e armas de Mato Grosso para outros estados, resultou em 21 mandados de prisão e busca e apreensão.
As investigações começaram após a prisão de um suspeito com 40 quilos de entorpecentes e foram aprofundadas até alcançar os líderes do esquema.
A operação envolveu cerca de 50 policiais federais e membros do Gaeco de Mato Grosso.