A morte de João Antônio Pinto, um idoso de 87 anos, em Cuiabá, em fevereiro de 2024, segue gerando controvérsia.
Após a conclusão do delegado Marlon Conceição Luz de que o policial civil Jeovanio Vidal Griebel agiu em legítima defesa, a defesa da família decidiu recorrer ao Ministério Público Estadual (MPE) para garantir que o caso seja reaberto.
O pedido visa contestar o arquivamento do inquérito e dar continuidade à investigação sobre as circunstâncias da morte de João Pinto.
A advogada Gabriela Zaque, que representa a família, irá se reunir com o promotor Rinaldo Ribeiro de Almeida Segundo, responsável pela análise do caso, na próxima segunda-feira (18), após o retorno do promotor das férias.
A defesa acredita que o arquivamento foi injusto e que a investigação não considerou todas as evidências.
“Vamos recorrer ao MPE porque confiamos na instituição e sabemos que eles buscam garantir a ordem pública. A decisão do delegado foi unilateral e não levou em conta o contexto completo dos fatos. Não aceitaremos que o caso seja simplesmente arquivado”, afirmou Gabriela.
O caso aconteceu no bairro Jardim Imperial, após um desentendimento entre João Pinto e Elmar Soares Inácio, cunhado do policial Griebel.
Cerca de meia hora depois, três viaturas descaracterizadas chegaram à propriedade do idoso, onde o policial disparou contra a vítima.
Laudos da Politec indicaram que o atirador estava a mais de 12 metros de distância de João Pinto, além de falhas no sistema de câmeras de segurança que deveriam ter registrado o momento do crime.
Com a possibilidade de reabertura do caso, a defesa da família espera que o promotor possa questionar a decisão do delegado e, caso o caso prossiga, habilitar-se como assistente de acusação, acompanhando de perto o processo judicial.