A Justiça de Cuiabá condenou sete integrantes de uma organização criminosa acusada de aplicar golpes de consórcio na capital. A quadrilha foi responsabilizada por enganar pelo menos 16 vítimas, obtendo valores sob falsos pretextos de crédito e consórcio. Os réus foram julgados pelos crimes de organização criminosa e estelionato. A sentença foi proferida pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, e divulgada na quarta-feira (13).
O grupo usava empresas de fachada e empregava adesivos com logotipos de instituições como o Banco Central e a Caixa Econômica Federal para conferir credibilidade às fraudes. Anúncios publicitários eram usados para atrair vítimas, prometendo crédito facilitado e consórcios vantajosos. Após o pagamento inicial, as vítimas eram informadas de que deveriam aguardar a contemplação por sorteio, sendo então impedidas de reaver o dinheiro.
A estrutura da quadrilha incluía atendimento pós-venda por meio de números falsos, que dificultavam o contato das vítimas e reforçavam a ideia de que os problemas eram apenas desacertos comerciais. O líder do esquema, Jhon Mayke Teixeira de Souza, organizava a abertura das empresas e foi condenado a 6 anos, 10 meses e 24 dias de prisão, além de uma multa de 64 dias-multa.
Outros membros receberam penas entre 3 e 6 anos de prisão, incluindo Penini Bela da Silva Ribeiro, que treinava a equipe de vendas fraudulentas, e Gabriel Figueiredo Souza, responsável por treinamento e vendas. A condenação visa combater a prática do estelionato em consórcios, alertando para fraudes que ainda ocorrem em meio à crescente busca por crédito.