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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024, 06:37 - A | A

Quinta-feira, 14 de Novembro de 2024, 06h:37 - A | A

CRIME ACONTECEU EM 2021

Justiça de MT mantém condenação de contador por morte de advogado em assalto

Ele foi considerado o líder de uma organização criminosa que atuava na região Sul do Estado, sendo acusado de planejar e comandar uma série de crimes, incluindo o latrocínio que vitimou o advogado João Anaides Neto em julho de 2021

 

Em uma decisão unânime, a Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o recurso que tentava absolver o contador João Fernandes Zuffo, condenado a 62 anos e três meses de prisão.

 

Ele foi considerado o líder de uma organização criminosa que atuava na região Sul do Estado, sendo acusado de planejar e comandar uma série de crimes, incluindo o latrocínio que vitimou o advogado João Anaides Neto em julho de 2021.

 

A decisão foi tomada na tarde de quarta-feira (13), quando os desembargadores, sob o voto do relator Gilberto Giraldelli, negaram os diversos argumentos apresentados pela defesa de Zuffo.

 

O contador, que já está preso desde dezembro de 2021 após ser alvo da Operação Flor do Vale, viu a sua condenação ser mantida, assim como as de seus comparsas: Ronair Pereira da Silva, condenado a 48 anos e oito meses, e Lucas Matheus da Silva Barreto, a 38 anos.

 

O advogado de Zuffo levantou diversas alegações, entre elas a incompetência territorial da 7ª Vara Criminal de Cuiabá para julgar o caso, violação do princípio do promotor natural e cerceamento de defesa.

 

A defesa também apontou ilegalidades na fase de instrução e questionou a validade de depoimentos e provas apresentadas pelo Ministério Público.

 

Entretanto, o desembargador Giraldelli negou cada um dos pontos, afirmando que as provas dos autos comprovam a atuação de Zuffo como “autor intelectual” dos crimes.

 

O caso que levou à condenação ocorreu em 18 de julho de 2021, quando o grupo liderado por Zuffo invadiu o condomínio de chácaras Flor do Vale, na zona rural de Juscimeira.

 

Durante o assalto, o grupo invadiu várias casas e causou pânico entre os moradores, incluindo mulheres e crianças.

 

O advogado João Anaides Neto foi amarrado em um banheiro, onde foi morto com um disparo na cabeça, enquanto os criminosos roubavam o local.

 

Após o crime, o grupo fugiu levando duas caminhonetes, uma delas pertencente ao advogado.

 

O desembargador Giraldelli destacou o impacto traumático que o assalto causou nas vítimas. “As pessoas tiveram suas portas arrombadas a pontapés e foram ameaçadas durante a noite”, lembrou ele. “Muitas das vítimas, inclusive crianças e mulheres, ficaram traumatizadas; uma das famílias chegou a abandonar o local onde estava construindo sua casa.”

 

A decisão da Terceira Câmara Criminal reforça a gravidade dos crimes cometidos e mantém Zuffo e seus comparsas encarcerados para cumprimento de suas penas, na tentativa de trazer alguma justiça para as vítimas e suas famílias.

 
 

 

 

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