O grupo de influenciadores digitais de Mato Grosso e São Paulo, detido na última semana por promover jogos de azar online, como o “Jogo do Tigrinho”, e organizar rifas ilegais, agora responde ao processo em liberdade. A prisão temporária de cinco dias, determinada pela Operação 777, expirou no último domingo (1º).
De acordo com a Polícia Civil, um dos investigados, o influencer Bruno Marques, viajou para Paris, na França, no final de novembro e é considerado foragido.
Os seguintes investigados foram soltos:
- Cristiane de Freitas (mãe de um dos investigados);
- Nicolas Guilherme de Freitas (influencer);
- Sandra Regina Ferreira (mãe de um dos investigados);
- Gabriel Ferreira (influencer);
- Larissa Mattavelli (influencer);
- Carlos Henrique (influencer).
Restrições e medidas judiciais
Segundo o delegado Rogério Silva, os investigados tiveram suas redes sociais bloqueadas por ordem judicial para impedir a continuidade das atividades ilícitas. Eles também foram intimados a entregar seus passaportes e estão proibidos de fazer postagens relacionadas a jogos de azar ilegais.
“Caso descumpram as restrições, poderão ser alvo de prisão preventiva por tempo indeterminado”, destacou o delegado.
Operação 777
A operação, deflagrada no final de novembro, cumpriu oito mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão em Mato Grosso e São Paulo. Foram apreendidos R$ 12,8 milhões, além de veículos de luxo, joias e outros bens.
Os investigados, incluindo as mães de dois influenciadores, são suspeitos de lavar dinheiro obtido com a promoção das plataformas ilegais. Nas redes sociais, eles ostentavam riqueza e divulgavam o “Jogo do Tigrinho”, prometendo retorno financeiro fácil.
O caso segue em investigação, com medidas para desarticular a rede de influenciadores envolvidos nos crimes.