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JUDICIÁRIO Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024, 08:43 - A | A

Terça-feira, 03 de Dezembro de 2024, 08h:43 - A | A

PROCESSO SUSPENSO

Justiça suspende processo contra Marcrean acusado de invadir UTI em Cuiabá

O parlamentar era alvo de acusações por ter invadido a UTI do Hospital Municipal de Cuiabá, em junho deste ano, e ofendido um médico da unidade de saúde

 

 O juiz Luís Aparecido Bortolussi Júnior, da 3ª Vara Especializada da Fazenda Pública de Cuiabá, concedeu liminar determinando a suspensão do processo administrativo ético-disciplinar contra o vereador Marcrean dos Santos (Progressistas).

 

O parlamentar era alvo de acusações por ter invadido a UTI do Hospital Municipal de Cuiabá, em junho deste ano, e ofendido um médico da unidade de saúde.

 

A decisão, proferida nesta segunda-feira (02), paralisa os processos éticos n.º 15393/2024, 16176/2024, 16395/2024 e 5558/2024.

 

A defesa de Marcrean argumentou irregularidades na condução do caso pela Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal, como cerceamento de defesa e desrespeito a um parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).

 

“Ainda que as deliberações legislativas sejam atos internos e autônomos, elas estão submetidas ao controle judicial quanto à observância dos preceitos legais e constitucionais”, ressaltou o magistrado em sua decisão.

 

Marcrean afirmou que tentou resolver as supostas falhas dentro da Câmara, mas, sem sucesso, recorreu ao Judiciário.

 

“A decisão da Comissão de Constituição e Justiça foi ignorada, e os pedidos da minha defesa não foram analisados. Diante disso, buscamos a Justiça, que reconheceu as irregularidades e concedeu a liminar”, declarou o vereador.

 

O médico Marcus Vinícius Ramos de Oliveira denunciou Marcrean, alegando que o vereador entrou na UTI acompanhado de oito pessoas, exigindo informações sobre um paciente.

 

Ao ser informado de que o médico estava ocupado, o parlamentar teria se irritado e acusado o profissional de negligência.

 

O médico relatou que Marcrean invadiu a UTI, gritando, e se identificou como “José Maria” para pressioná-lo. Dias depois, o secretário de Saúde de Cuiabá, Deiver Teixeira, teria tentado coagi-lo a retirar a denúncia contra o vereador, sob ameaça de represálias.

 

Apesar das graves acusações, Marcrean não compareceu às audiências da Comissão de Ética e ganhou mais 10 dias para apresentar sua defesa.

 

A decisão judicial representa uma vitória temporária para o vereador, mas a questão permanece sob análise e será julgada no mérito.

 

 

 

 

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