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JUDICIÁRIO Domingo, 01 de Dezembro de 2024, 08:29 - A | A

Domingo, 01 de Dezembro de 2024, 08h:29 - A | A

ASSASSINADO

Nery acusou desembargador e filho de ex-presidente do TJMT de integrar esquema criminoso

A denúncia, protocolada em 26 de junho, detalha como o grupo utilizava sua influência para favorecer atividades ilícitas de um suposto “escritório do crime”, liderado pelo advogado Antônio João de Carvalho Junior

 

Dias antes de ser brutalmente assassinado, o advogado Renato Nery apresentou à Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) uma denúncia grave que apontava o envolvimento de figuras influentes do Judiciário em um esquema criminoso.

 

Entre os acusados estão o desembargador Sebastião Moraes Filho e Thiago Ribeiro Rocha, filho do ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, Carlos Alberto Alves da Rocha.

 

A denúncia, protocolada em 26 de junho, detalha como o grupo utilizava sua influência para favorecer atividades ilícitas de um suposto “escritório do crime”, liderado pelo advogado Antônio João de Carvalho Junior.

 

Segundo Nery, o esquema envolvia usurpação de direitos em disputas judiciais, beneficiando uma rede de advogados e figuras públicas que facilitavam a prática de fraudes judiciais.

 

Sebastião Moraes Filho, atualmente afastado do TJMT por determinação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), teria utilizado sua posição para favorecer as ações do grupo.

 

Já Thiago Ribeiro Rocha foi descrito como um “sócio oculto” no escritório que orquestrava as atividades ilícitas.

 

Em julho, poucos dias após apresentar a denúncia, Renato Nery foi morto a tiros em frente ao seu escritório em Cuiabá.

 

A tragédia intensificou as investigações sobre o caso, que recentemente culminaram na Operação Sisamnes, da Polícia Federal.

 

A operação atingiu Sebastião Moraes Filho, seu filho Mauro Thadeu Prado de Moraes, e outros suspeitos ligados ao esquema.

 

O caso escancarou possíveis falhas e conluios dentro do sistema de Justiça de Mato Grosso, expondo a vulnerabilidade das instituições diante de grupos organizados que atuam dentro e fora do Judiciário.

 

 

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