O presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), José Zuquim, minimizou as suspeitas envolvendo os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes, afirmando que o caso é pontual e não afeta a credibilidade da instituição.
Zuquim, que assumirá a presidência do TJMT, explicou que, embora os dois magistrados estejam sob investigação, a situação não deve ser generalizada para todo o Judiciário, composto por quase 350 magistrados.
“O Tribunal continua em funcionamento e não pode ser responsabilizado por uma situação pontual. Se realmente for comprovado o envolvimento, os responsáveis serão punidos”, afirmou Zuquim.
Os desembargadores João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes foram afastados de suas funções desde 1º de agosto, após decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A investigação surgiu após conteúdos extraídos do celular do advogado Roberto Zampieri, falecido em dezembro de 2023, sugerirem a existência de um esquema de venda de decisões judiciais.
Além do afastamento, os magistrados são alvos da Operação Sisamnes, deflagrada em 26 de outubro, e estão sendo monitorados por tornozeleiras eletrônicas, com apreensão de passaportes e bloqueio de bens.
As investigações, sob sigilo determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), seguem sem detalhes acessíveis ao TJMT, o que impediu Zuquim de emitir uma opinião mais aprofundada sobre o caso.
“Ainda é prematuro emitir qualquer julgamento sem conhecer o conteúdo das investigações. O STF é o responsável por conduzir o caso, e, se houver culpabilidade, os envolvidos serão responsabilizados de acordo com a lei”, concluiu o presidente eleito do TJMT.