O Tribunal de Justiça de Mato Grosso, por decisão do desembargador Hélio Nishiyama, manteve a prisão preventiva do empresário Edézio Correa, apontado como líder de um esquema de fraudes em contratos públicos com a Prefeitura de Barão de Melgaço.
A decisão foi tomada no âmbito da Operação Gomorra, deflagrada pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco) do Ministério Público Estadual (MPE) na semana passada.
Embora tenha negado a soltura de Correa, Nishiyama revogou as prisões de cinco familiares do empresário, também investigados: a esposa Tayla Beatriz Silva Bueno Conceição, a irmã Eleide Maria Correa, e os sobrinhos Roger Corrêa da Silva, Waldemar Gil Corrêa Barros e Jânio Corrêa da Silva. Os familiares haviam sido presos temporariamente sob suspeita de participação nos atos ilícitos.
Edézio Correa, que já havia sido réu colaborador na Operação Sodoma — investigação que revelou um esquema de pagamento de propinas na gestão do ex-governador Silval Barbosa — é acusado de comandar diversas empresas envolvidas nas supostas fraudes.
Entre as empresas citadas estão a Pontual Comércio e Serviços de Terceirizações, Pantanal Gestão e Tecnologia, Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda e Centro América Frotas Ltda, que possuem contratos que somam R$ 1,8 bilhão com administrações municipais em Mato Grosso.
A investigação aponta que as empresas de Correa operavam em múltiplos segmentos, oferecendo desde o fornecimento de combustível e locação de veículos até serviços médicos e hospitalares.
Segundo o Naco, o grupo direcionava processos de licitação para obter vantagens financeiras ilícitas, afetando diretamente os cofres públicos do estado.