O lobista Andreson Gonçalves, preso desde novembro por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentenças no Superior Tribunal de Justiça (STJ), relatou em uma carta enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) que perdeu cerca de 10 kg desde sua detenção.
No documento, ele comparou sua prisão às táticas utilizadas na Operação Lava Jato para obtenção de delações e mencionou a possibilidade de suicídio.
Após um apelo da Procuradoria-Geral da República (PGR), o ministro Cristiano Zanin determinou a transferência de Andreson para a Penitenciária Federal de Brasília nesta semana.
A defesa do lobista criticou a decisão, alegando que o regime mais rígido serviria para pressioná-lo a firmar um acordo de delação premiada.
Apesar das alegações, o STF manteve a decisão e negou os pedidos de soltura ou de transferência para um presídio estadual.
Até então, Andreson estava isolado na Penitenciária Central do Estado, em Mato Grosso, onde, segundo seus advogados, enfrentava condições insalubres.
A defesa também ressaltou a necessidade de alimentação especial devido a uma cirurgia bariátrica realizada em 2020.
Um laudo nutricional apontou perda de peso significativa e recomendou ajustes na dieta, citando as condições precárias da unidade prisional.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, defendeu a permanência do lobista em um presídio federal, e o ministro Cristiano Zanin acatou essa recomendação.
Em resposta, os advogados de Andreson afirmaram que a transferência teria como objetivo "torturá-lo" para que colaborasse com as investigações.
Diante da repercussão, a defesa optou por não comentar a decisão do STF. O processo segue em sigilo.
Percilio Barreto Monteiro 15/03/2025
A jogada certa e manter preso, forçar a Delação. Essa situação está acontecendo com Cid.
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