O ex-vereador e tenente-coronel Marcos Paccola entrou com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de anular sua condenação de quatro anos de reclusão por falsidade ideológica e inserção de dados falsos no sistema da Polícia Militar.

 

O caso foi investigado na Operação Coverage, deflagrada em 2019.

 

Paccola e o segundo-tenente Cleber de Souza Ferreira foram condenados em dezembro de 2022 por adulterarem o registro de uma pistola no sistema da Polícia Militar.

 

A arma foi utilizada em sete homicídios por encomenda, conforme apontado na Operação Mercenários.

 

Após recorrerem, Cleber teve sua pena reduzida para um ano e quatro meses em regime aberto, enquanto Paccola recebeu a pena de quatro anos de reclusão em regime aberto.

 

Agora, ambos argumentam que há contradições na decisão, citando precedentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ) sobre a nulidade das provas obtidas por busca domiciliar e a tipicidade do crime de inserção de dados falsos.

 

 

A Operação Coverage investigou fraudes no sistema da Polícia Militar que resultaram na alteração do registro de uma arma usada em sete homicídios.

 

Os crimes foram desvendados na Operação Mercenários, que identificou uma organização criminosa composta por seis policiais militares, seis vigilantes, dois informantes e intermediários responsáveis por conectar o grupo aos contratantes dos assassinatos.

 

Além de Paccola e Cleber, foram denunciados o tenente Thiago Satiro Albino, o tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira e o terceiro-sargento Berison Costa e Silva.

 

A condenação de Paccola foi confirmada em dezembro de 2022, mas sua defesa segue tentando reverter a decisão.