Em decisão divulgada no Diário do Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (30), a ministra Cármen Lúcia determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se pronuncie sobre os pedidos feitos pelo vereador Jeferson Siqueira (PSD) contra o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).
A ação refere-se às acusações feitas por Abilio sobre uma suposta interferência de facções criminosas no Legislativo municipal.
O processo foi registrado no STF em janeiro de 2024, quando Abilio ainda era deputado federal.
Na época, Jeferson alegou que Abilio afirmou publicamente que uma organização criminosa, identificada como Comando Vermelho, teria atuado para influenciar a eleição de vereadores em Cuiabá e na disputa pela presidência da Câmara Municipal.
Segundo as declarações de Abilio, essa organização também teria financiado parlamentares para garantir o controle do Legislativo.
Jeferson exige que o prefeito apresente provas sobre suas afirmações, incluindo detalhes de quais vereadores estariam envolvidos, como a facção teria atuado na eleição da Mesa Diretora e quaisquer evidências concretas de um possível acordo entre ele e a organização criminosa.
A ministra Cármen Lúcia destacou que todos os documentos necessários foram incluídos no processo e determinou que a PGR analise o caso e se posicione formalmente.
A situação intensifica a tensão política em Cuiabá e reforça a necessidade de esclarecimentos sobre as acusações que impactam a credibilidade do Legislativo municipal.