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JUDICIÁRIO Quarta-feira, 28 de Agosto de 2024, 08:48 - A | A

Quarta-feira, 28 de Agosto de 2024, 08h:48 - A | A

CONDENA POR MAUS-TRATOS

MP reconsidera acusação de tortura contra Tenente do Corpo de Bombeiros

O caso remonta a 2016, quando Ledur era responsável pelo curso de salvamento aquático no 15º Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Estado

 

Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE) revisou sua posição em um caso envolvendo a tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur.

 

Inicialmente denunciada por tortura contra o ex-aluno Maurício Júnior dos Santos, o MPE recuou e, em suas alegações finais no processo, pediu que a militar seja condenada por maus-tratos, desqualificando a acusação original de tortura.

 

O caso remonta a 2016, quando Ledur era responsável pelo curso de salvamento aquático no 15º Curso de Formação de Soldado do Corpo de Bombeiros Militar do Estado.

 

Durante o treinamento na Lagoa Trevisan, Maurício, que havia sido aprovado em todas as fases do concurso e possuía bom condicionamento físico, apresentou dificuldades nas atividades aquáticas.

 

No entanto, a tenente teria submetido o aluno a intenso sofrimento físico e mental, segundo relatos contidos na denúncia original.

 

Um dos episódios relatados no processo descreve que, durante uma travessia de aproximadamente 40 metros, Maurício começou a sentir câimbras e precisou da ajuda de colegas.

 

No entanto, Izadora Ledur ordenou que os demais alunos continuassem o percurso, deixando Maurício para trás.

 

A denúncia inicial alegava que, nesse momento, a tenente iniciou uma sessão de afogamentos, submergindo o aluno repetidas vezes enquanto proferia palavras ofensivas, o que foi interpretado como uma forma de castigo pessoal.

 

Apesar da gravidade das acusações iniciais, o MPE reconsiderou sua posição ao final do processo.

 

A justificativa apresentada foi a ausência de provas suficientes que indicassem, com certeza necessária, que as agressões sofridas por Maurício configuraram tortura, definida pela lei como ato de causar sofrimento físico ou mental como forma de castigo pessoal ou medida preventiva.

 

Diante disso, o Ministério Público requereu a desclassificação do crime de tortura para maus-tratos, conforme o artigo 213 do Código Penal Militar.

 

O caso agora aguarda decisão na Justiça Militar.

 

Este não é o único episódio envolvendo a tenente Izadora Ledur.

 

No mesmo ano, Rodrigo Claro, outro aluno do Corpo de Bombeiros, morreu após ser submetido a sessões de afogamento durante o 16º Curso de Formação de Bombeiros.

 

Assim como no caso de Maurício, Ledur foi denunciada por tortura com resultado em morte, mas acabou sendo condenada por maus-tratos.

 

A pena imposta foi de um ano em regime aberto, e ela permanece em serviço na corporação.

 
 
 

 

 

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Carla 28/08/2024

Absurdo o que essa tenente fez com esses jovens! Crueldade! Se fosse mãe saberia o quanto é doído perder filho dessa forma ou ve lo passar por isso! Se escapar da justiça dos homens, não escapará da justiça de Deus ! Destruiu sonhos e famílias! MONSTRA!

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1 comentários