menu
31 de Março de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
menu
31 de Março de 2025
facebook instagram whatsapp
lupa
fechar

JUDICIÁRIO Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 09:18 - A | A

Quinta-feira, 27 de Março de 2025, 09h:18 - A | A

CASO EMELLY

Mulher é denunciada por feminicídio e subtração de recém-nascido em Cuiabá

Ela é acusada de assassinar a adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de nove meses, no dia 12 de março deste ano.

 

A 27ª Promotoria de Justiça Criminal de Cuiabá denunciou, nesta quarta-feira (26), Nataly Helen Martins Pereira por uma série de crimes, incluindo feminicídio, tentativa de aborto, subtração de recém-nascido, parto suposto, ocultação de cadáver, fraude processual, falsificação de documento particular e uso de documento falso. Ela é acusada de assassinar a adolescente Emelly Beatriz Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de nove meses, no dia 12 de março deste ano.

Segundo o Ministério Público de Mato Grosso, Nataly atraiu a vítima sob o pretexto de doar roupas para a bebê. No local, imobilizou e asfixiou a adolescente, colocando em risco a vida do feto. Conforme a denúncia, a denunciada realizou uma cesárea improvisada sem anestesia, causando sofrimento intenso à vítima.

Após extrair a criança do ventre da adolescente e cometer o feminicídio, Nataly ocultou o cadáver de Emelly, enterrando-o no quintal da residência. Em seguida, se apresentou em um hospital alegando ter dado à luz. No entanto, exames médicos revelaram que ela não havia passado por uma gestação recente.

A investigação apontou que Nataly tentou eliminar vestígios do crime ao limpar a cena e utilizar o celular da vítima para enviar mensagens falsas aos familiares. Além disso, falsificou um exame de gravidez para simular estar esperando um bebê.

O promotor de Justiça Rinaldo Segundo afirmou que o crime configura feminicídio, pois houve evidente menosprezo à condição de mulher da vítima. “Nataly tratou Emelly como um mero objeto reprodutor, reduzindo-a à sua função de gerar um filho. O contato com a vítima se deu apenas para monitorar sua gestação e, no momento oportuno, apropriar-se violentamente do fruto de seu ventre”, declarou.

As investigações revelaram que Nataly já era mãe de três meninos e desejava ter uma filha. Como havia realizado laqueadura, passou a mapear mulheres grávidas de meninas. A denunciada encontrou Emelly por meio de um grupo de WhatsApp voltado à doação de itens para bebês e a atraiu com a promessa de doar roupas.

O caso segue sob a responsabilidade da Justiça, e a denunciada pode enfrentar penas severas caso seja condenada pelos crimes atribuídos.

 

 

Click aqui e receba notícias em primeira mão.

 

Comente esta notícia