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JUDICIÁRIO Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024, 16:58 - A | A

Quinta-feira, 07 de Novembro de 2024, 16h:58 - A | A

CASO EM INVESTIGAÇÃO

OAB suspende advogada investigada por suspeita de venda de sentenças no STJ

O caso veio à tona após uma reportagem da revista Veja, que revelou alegações de que Azeredo teria intermediado a venda de sentenças dentro do gabinete da ministra Nancy Andrighi

 

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspendeu, temporariamente, a licença de Caroline Azeredo, advogada sob investigação pela Polícia Federal por suspeita de vender decisões no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

O caso veio à tona após uma reportagem da revista Veja, que revelou alegações de que Azeredo teria intermediado a venda de sentenças dentro do gabinete da ministra Nancy Andrighi.

 

A denúncia contra Azeredo partiu de Rodrigo de Alencastro, ex-namorado e também advogado, que relatou ter ouvido Azeredo mencionar que possuía uma lista de processos do gabinete da ministra Andrighi.

 

A advogada teria afirmado que usaria essa lista para influenciar decisões judiciais em favor de terceiros, mediante pagamento.

 

Um dos casos em questão envolve o presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Wellington Luiz (MDB).

 

Segundo o depoimento do deputado, ele teria sido abordado por um intermediário, que lhe ofereceu a possibilidade de pagar R$ 500 mil em troca de uma decisão favorável da ministra.

 

Ao se recusar a pagar, Luiz teria sofrido uma derrota no processo.

 

Nancy Andrighi nega qualquer envolvimento no esquema e pediu que seus assessores fossem investigados.

 

“O importante é que a pessoa já foi localizada e está respondendo à sindicância”, declarou a ministra durante sessão no STJ.

 

Após a publicação das denúncias, a OAB do Distrito Federal iniciou um processo administrativo para apurar a conduta de Azeredo.

 

Na última terça-feira,05, o tribunal de ética da OAB-DF decidiu, em caráter liminar, suspender a licença da advogada, impedindo-a de atuar enquanto a investigação continua.

 

Se confirmada a violação ética, Azeredo poderá perder definitivamente o direito de advogar.

 

 Caso segue em investigação.

 

 

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