O Tribunal de Justiça de Mato Grosso decidiu, na tarde desta quarta-feira (18), negar o habeas corpus de Marcos Paulo Angeli, investigador da Polícia Civil, mantendo sua obrigação de usar tornozeleira eletrônica.
A decisão foi unânime, com os desembargadores acompanhando o voto do relator, Lidio Modesto.
A medida segue desde maio, quando Angeli foi liberado após ser preso na Operação Diaphthora, que investiga um esquema de cobrança de propina na Delegacia de Peixoto de Azevedo.
A defesa de Angeli argumentou que, após sete meses de monitoramento, o processo estava estagnado e não havia mais razão para a manutenção da medida.
No entanto, o desembargador refutou os argumentos, destacando a gravidade dos crimes investigados e a situação de Angeli, que, além de ser policial, tem forte influência na cidade.
Para Modesto, o monitoramento eletrônico é justificado pela facilidade de trânsito do investigado e pela natureza do caso.
A Operação Diaphthora revelou um esquema criminoso envolvendo Angeli e o delegado Geordan Fontenelle, também preso na operação, onde ambos são acusados de exigir propinas para liberar bens apreendidos e de cobrar diárias para a hospedagem de presos.
Ambos respondem por corrupção passiva, associação criminosa e advocacia administrativa.