O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou uma reclamação apresentada pelo advogado Antônio João Carvalho Júnior, investigado no caso do assassinato de Renato Nery.
Carvalho Júnior buscava acesso integral aos documentos do inquérito, mas a decisão considerou que o acesso poderia comprometer investigações ainda em andamento.
O advogado foi alvo da Operação Office Crime, deflagrada no final de novembro, no âmbito das investigações do homicídio de Nery, ocorrido em julho em Cuiabá.
O advogado havia argumentado que a negativa violava a Súmula Vinculante 14, que assegura amplo acesso aos elementos de prova para defesa, mas Flávio Dino sustentou que a jurisprudência permite restrição temporária ao acesso quando diligências estão pendentes.
Renato Nery, de 72 anos, foi morto a tiros em frente ao seu escritório na Avenida Fernando Corrêa da Costa. Ele chegou a ser socorrido, mas não resistiu.
A polícia segue realizando levantamentos técnicos e periciais para elucidar o crime, enquanto medidas cautelares permanecem em execução.
A Operação Office Crime também investigou outros advogados e empresários supostamente ligados ao caso, mas os detalhes do envolvimento de cada um ainda estão sob sigilo.