O procurador de Justiça Domingos Sávio se pronunciou nesta terça-feira (19) sobre as graves denúncias feitas pelo prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL).
Abilio afirmou publicamente que vereadores da cidade teriam sido eleitos com apoio de facções criminosas e apontou que uma organização estaria oferecendo R$ 200 mil a parlamentares para influenciar a votação da Mesa Diretora da Câmara Municipal.
Domingos Sávio destacou a gravidade das declarações e reforçou que, caso o prefeito eleito não apresente provas contundentes, estará cometendo crime.
“É um fato inusitado. O que nos assusta é a forma das acusações, feitas publicamente e de forma taxativa. Parto da premissa de que ele, como homem público e formado, tem discernimento e está falando com fundamento. Do contrário, não só haverá crime, mas também um grande embaraço político”, explicou o procurador.
O Ministério Público de Mato Grosso, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), já instaurou um procedimento para apurar as denúncias.
A investigação busca esclarecer a possível ligação de organizações criminosas com as eleições municipais e a eventual tentativa de manipulação da escolha da Mesa Diretora.
Domingos Sávio reforçou que, além das implicações legais, Abilio pode enfrentar graves repercussões políticas.
Lançar acusações sem fundamento contra a Câmara Municipal pode comprometer a relação entre o prefeito eleito e os vereadores antes mesmo de sua posse.
Por outro lado, se as denúncias forem comprovadas, o caso expõe um grave problema sistêmico que precisa de uma resposta contundente do poder público.
O silêncio de Abilio após as primeiras declarações e a falta de comprovações imediatas geram dúvidas e apreensão.
A sociedade aguarda um posicionamento claro do prefeito eleito, seja para apresentar provas que sustentem as alegações ou para justificar sua postura.
Enquanto isso, o Gaeco segue investigando, e o caso promete novos desdobramentos nas próximas semanas.