A investigação sobre os acontecimentos do 8 de janeiro de 2023, que resultaram nos atos de vandalismo e invasão, concluiu que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha Barros Júnior (MDB-DF), não teve envolvimento direto ou indireto nos eventos. A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou o arquivamento do inquérito, um pedido que foi acolhido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, nesta quinta-feira (6).
De acordo com o procurador-geral, Paulo Gonet, não foram encontrados elementos suficientes para vincular Ibaneis aos atos que tomaram conta da capital federal. O governador foi investigado, e durante a apuração, celulares, um notebook e um HD externo de sua posse foram analisados. Nos dispositivos, foram encontradas mensagens e documentos onde Ibaneis repudia os eventos e solicita a presença da Força Nacional para conter a violência. Além disso, contatos frequentes entre Ibaneis e autoridades policiais nas horas seguintes aos episódios reforçaram que ele agiu para tentar conter os manifestantes.
O texto da PGR e a decisão de Moraes destacam que não houve mudanças nas ordens de segurança por parte de Ibaneis, nem omissões de informações que pudessem ter contribuído para o avanço dos invasores. O governador ainda relatou que, após receber informações de que o protesto havia se transformado em um confronto, acionou o Exército e exonerou o secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, por perda de confiança.
Apesar do arquivamento do caso de Ibaneis, outros envolvidos no episódio, como o ex-secretário Anderson Torres, seguem sob investigação e continuam enfrentando acusações e processos judiciais.