Em mais um desdobramento do caso que abalou Cuiabá em 2018, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) negou o recurso da bióloga Rafaela Screnci da Costa Ribeiro, mantendo a decisão que anulou sua absolvição e determinou que ela seja julgada pelo Tribunal do Júri.
A ré é acusada de atropelar três jovens em frente à casa noturna Valley, resultando na morte de dois deles.
O recurso especial da defesa alegava omissões na decisão que poderiam justificar a manutenção da absolvição. Argumentava que a embriaguez e o excesso de velocidade, atribuídos à acusada, não foram determinantes para o desfecho trágico.
No entanto, a desembargadora Maria Erotides Kneip reafirmou que caberá ao júri popular decidir entre as versões apresentadas pela acusação e pela defesa, apontando que os elementos probatórios justificam o julgamento.
O acidente ocorreu na madrugada de 23 de dezembro de 2018, quando Rafaela atropelou Myllena de Lacerda Inocêncio, Ramon Viveiros e Hya Girotto na Avenida Isaac Póvoas. Myllena faleceu a caminho do hospital, enquanto Ramon morreu cinco dias depois.
Hya sobreviveu, mas com sequelas. A bióloga se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi liberada após audiência de custódia no dia seguinte.
A decisão da magistrada ressalta que a análise prévia do tribunal foi suficiente e que o descontentamento da defesa não justifica mudanças no julgamento.
Agora, Rafaela Screnci enfrentará o júri popular, que decidirá sua responsabilidade no caso que marcou a cidade.