A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou, nesta terça-feira (11), a segunda fase da Operação Office Crime, que investiga um suposto esquema criminoso denunciado pelo advogado Renato Gomes Nery antes de ser assassinado, em julho de 2024, em frente ao seu escritório, em Cuiabá.
Entre os alvos das diligências está o advogado Gaylussac Dantas Araújo, que, por meio de nota de esclarecimento, repudiou qualquer associação de seu nome à investigação. Segundo ele, sua vinculação ao caso ocorre unicamente pelo fato de seu endereço profissional coincidir com o de um escritório alvo de buscas e apreensões.
Gaylussac afirma que, ainda na primeira fase da operação, em novembro de 2024, colaborou espontaneamente com as autoridades, fornecendo seu celular e a senha de acesso, na expectativa de que a apuração fosse ágil e seu nome desvinculado do caso. No entanto, segundo ele, isso não ocorreu.
"As diligências já realizadas deveriam ter sido suficientes para identificar os verdadeiros responsáveis ou, ao menos, para excluir aqueles que não têm qualquer envolvimento com os fatos investigados. A manutenção do meu nome na investigação é injusta e prejudica de maneira irreparável minha reputação profissional e pessoal", declarou o advogado na nota.
Diante disso, ele repudia qualquer tentativa de associar sua imagem à operação e expressa indignação pelo que considera um desgaste desnecessário à sua honra e credibilidade.
A Operação Office Crime segue sob a condução da Polícia Civil, que investiga as conexões entre os envolvidos e os desdobramentos das denúncias feitas por Renato Gomes Nery antes de sua morte.
NOTA DE ESCLARECIMENTO
Em relação à segunda fase da Operação Office Crime, realizada nesta terça-feira (11), esclarece-se que:
• O advogado Gaylussac Dantas Araújo, que pela segunda vez teve seu nome envolvido na investigação, está tendo sua vida profissional e pessoal devassada pelo fato de possuir endereço profissional no mesmo espaço onde funciona um escritório de advogados que foram alvo de buscas e apreensões tanto na primeira fase, em novembro de 2024, quanto nesta segunda fase.
• Na primeira fase, o advogado, seguro de seu completo alheamento aos fatos investigados, entregou seu celular e senha de acesso ao aparelho, em livre colaboração e na esperança de garantir uma investigação célere e a rápida devolução do bem, o que não aconteceu.
• Avalia-se que as primeiras diligências da PJC/MT deveriam ter sido suficientes para indicar os culpados ou, ao menos, indicar os inocentes, fazendo com que seus nomes fossem excluídos da investigação ou, na pior das hipóteses, não manchados mais do que já estão, e de forma irreversível.
• Portanto, repudia-se a continuidade da associação do nome do advogado Gaylussac Dantas Araújo a essa investigação e registra-se sua indignação em mais uma vez ter sua reputação envolvida em uma investigação que já extrapola os limites do ordenamento jurídico.
Cuiabá-MT, 12 de fevereiro de 2025.
Gaylussac Dantas Araújo.
