O vereador Paulo Henrique (MDB), envolvido nas investigações sobre sua suposta ligação com o Comando Vermelho, tentou dificultar o trabalho da Polícia Federal ao excluir mensagens temporárias de seu celular.
Durante as Operações Ragnatela e Pubblicare, que resultaram na apreensão de dispositivos de comunicação, a PF descobriu que conversas entre o parlamentar e outros investigados haviam sido apagadas, prejudicando a coleta de informações essenciais.
A denúncia aceita pelo juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra revela que a exclusão das mensagens foi uma tentativa consciente do vereador de esconder suas comunicações e impedir que provas relacionadas a suas ações ilícitas fossem acessadas.
De acordo com o Ministério Público, ao utilizar o WhatsApp de forma a dificultar o rastreamento das conversas, Paulo Henrique tentou obstruir as investigações.
O vereador é acusado de colaborar com atividades ilegais do Comando Vermelho, facilitando o funcionamento do grupo criminoso em troca de vantagens pessoais.
Entre as acusações, está o uso de sua posição para liberar alvarás e licenças para eventos, sem a devida documentação, além de influenciar na escolha de fiscais para favorecer o grupo.
Ele também é suspeito de receber benefícios financeiros e materiais de transações ilícitas.
A PF encontrou dificuldades em acessar algumas provas, como áudios enviados a outros réus, devido à exclusão das mensagens.
A justiça afirmou que a falta das conversas não impede a comprovação do vínculo do vereador com os outros investigados, mas reforça a tentativa de ocultação das provas.
As investigações continuam.