O deputado federal Coronel Assis (União-MT) anunciou que protocolará nos próximos dias um requerimento convocando os ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, para esclarecerem a participação de representantes da ONG paulista Pacto Social e Carcerário em reuniões ministeriais.
As investigações da Polícia Civil de São Paulo e do Ministério Público apontam que a organização tem ligações diretas com a cúpula do PCC.
Assis, membro da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara, questiona quais assuntos foram tratados durante as reuniões e quais os critérios usados para autorizar as passagens aéreas para que os representantes da ONG participassem dos encontros, pagos com dinheiro público.
Ele destaca que a ONG foi envolvida em ações ilícitas, sendo uma fachada usada por facções criminosas para intermediar operações.
A ONG esteve presente em pelo menos três reuniões ministeriais, sendo a mais recente em dezembro de 2024.
Membros da organização, como Luciane Neves Ferreira e Geraldo Sales da Costa, foram presos em janeiro de 2025 durante a Operação Scream Fake, que desarticulou o esquema do PCC.
Coronel Assis também mencionou um encontro ocorrido em novembro de 2023, em que Luciane Barbosa Farias, esposa do líder do Comando Vermelho, foi recebida por secretários do Ministério da Justiça.
A presença de membros ligados a facções criminosas no governo federal gera questionamentos sobre a relação entre o poder público e o crime organizado.