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POLÍTICA MT Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024, 18:04 - A | A

Sexta-feira, 04 de Outubro de 2024, 18h:04 - A | A

CANDIDATURA FEMININA

Gisela Simona crê em mais mulheres com mandatos nas Câmaras este ano

"Minha vontade é que dos 27 novos vereadores em Cuiabá, 14 fossem mulheres e 13 homes com mandatos. Talvez a gente não chegue nisso, mas estamos torcendo muito para aumentar essa representatividade".

 

Nesta última quinta-feira(03), na reta final da campanha, nas proporcionais, a deputada Gisela Simona, igualmente, presidente do União Brasil, em Cuiabá, voltou a afirmar que a legenda deverá repetir nas urnas, o número atual de vereadores que possui na Câmara. Hoje a sigla possui 28 candidatos, quatro deles: Michelly Alencar, Cezinha Nascimento, Dilemário Alencar e Dr. Luiz Fernando, buscam a reeleição.

 

A declaração da parlamentar foi feita no programa Roda de Entrevista, na TV Mais, afiliada à Cultura, quando admitiu - para além da vitória das candidaturas unistas -, que acredita que verá, este ano, mais mulheres nas Câmaras de Vereadores, em especial, mais paridade no parlamento cuiabano. "Minha vontade é que dos 27 novos vereadores em Cuiabá, 14 fossem mulheres e 13 homes com mandatos. Talvez a gente não chegue nisso, mas estamos torcendo muito para aumentar essa representatividade".

 

A parlamentar comemorou, inclusive, o crescimento da participação feminina nas eleições deste ano, ao apontar que em algumas cidades como Diamantino - município 184 km distante da capital -, contará com uma chapa construída com 70% de candidaturas alavancadas por mulheres. Invertendo a ordem exigida da Legislação que exige que os partidos tenham um mínimo de 30% de candidaturas femininas nas eleições proporcionais.

 

"Cresceu muito a participação feminina na política esse ano. Eu pelo menos fui muito demandada nestas reuniões específicas em todos os municípios de Mato Grosso. Assim, feliz em entender o tamanho desta participação. São mais mulheres participando ativamente de muitas chapas, em vários partidos e não só na capital como em todo Estado. Em alguns lugares, como Diamantino, o União Brasil chegou a inverter esta participação, quebrando a regra da legislação eleitoral que diz que precisa ser assegurado um mínimo de 30% a cada um dos sexos, ainda que muitos entendam que esta regra sempre vale para 70% de homens e 30% de mulheres. Mas teremos em Diamantino 70% de mulheres na chapa. Isto para mim é uma grande vitória. Sobretudo, observar, que hoje têm mais mulheres querendo votar em mulheres".

Admitindo, porém, que infelizmente verifica-se em Mato Grosso, à exemplo, do país, a conduta de alguns partidos que têm inserido esta presença feminina nas campanhas, apenas para o cumprimento da cota.

 

"A gente vê ainda a conduta de alguns partidos que convidam mulheres não para ganhar eleição, mas para o cumprimento de cota. Infelizmente isto é uma realidade. Tenho feito críticas a isso, pois vejo muitas vezes mulheres que foram secretárias municipais, ou que têm liderança de uma determinada associação, que não são convidadas à participar como candidatas. E outras que representam, sim, as mulheres, mas com trabalhos de menor visibilidade, com menor divulgação, sendo convidadas para disputar a eleição. Então isto nos mostra que precisamos avançar. E ainda avançar na colaboração ativa dos partidos, no que se refere ao fundo partidário. Porque existem algumas regras que deixam brechas e, assim, as mulheres não são devidamente assistidas no momento da campanha eleitoral [...] Então é preciso rever, sim, algumas regras do ponto de vista eleitoral para a gente realmente fechar o cerco e melhorar a participação feminina no Brasil".

 

Candidaturas femininas em MT

Em Mato Grosso, do total de pedidos de candidaturas registrados para as eleições municipais de 2024, apenas 35% são representadas por mulheres, ou seja, 3.783 em números absolutos. Os dados são do Tribunal Superior Eleitoral e consideram todos os pedidos feitos aos cargos de prefeito(a), vice-prefeito(a) e vereador(a), que totalizam 10.949.

 

O número ainda é considerado baixo, principalmente, frente à representação feminina do eleitorado, que atualmente é de 51%. Um pouco mais de 1,3 milhão do total de 2,5 milhões de pessoas aptas ao voto no estado, contra 1,2 milhão de homens, ou 49%.

 

Entre as mulheres candidatas, a maioria tem entre 40 e 44 anos de idade (661 delas), 45 a 49 anos (618) e 50 a 54 anos de idade (606). Chama a atenção o fato de que na faixa etária de 35 a 39 anos de idade, as mulheres são apenas 516, enquanto os homens candidatos somam 849.

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