A deputada federal Gisela Simona (União) levantou sérias suspeitas sobre as imagens que circularam na imprensa referentes ao tumulto ocorrido na sessão desta quarta-feira na Assembleia Legislativa.
De acordo com a parlamentar, as cenas sugerem uma armação, visto que o uso de microfone por parte dos deputados não é comum dentro do Parlamento, a menos que estivessem esperando algo específico acontecer.
"Primeiro as imagens que circulam na imprensa dão conta de que na verdade se trata de uma armação. Tínhamos aí o pré-candidato do PT, inclusive, com microfone na lapela, o que não é comum dentro do Parlamento, a não ser que esteja pronto para fazer uma gravação”, afirmou durante entrevista ao Jornal do Meio-Dia, na TV Vila Real.
Simona destacou ainda a importância de não se aproveitar a proximidade das eleições para promover demagogia ou propor medidas inviáveis.
Ela argumentou que o debate sobre a redução da tarifa do transporte público para R$ 1, por exemplo, não deve ser feito de maneira precipitada e necessita de uma análise cuidadosa e profunda.
“O projeto de lei é importante, tanto que se vermos o documento que pede pela licitação, tem vários deputados concordando. Mas, não podemos aceitar nessa altura do campeonato demagogia. Tratar em regime de urgência tarifa a R$ 1, a sociedade precisa ficar em alerta. Não é porque vivemos em um período eleitoral que nós vamos atropelar todo um processo que não é simples. O preço do etanol passa de R$ 3. Claro que é um sonho ter a tarifa de R$ 1, mas precisa passar pela comissão e saber quem vai subsidiar? É viável? O Estado vai subsidiar? Como vai ser feito isso?”, questionou.
Sobre a licitação, Gisela Simona reafirmou que há um consenso entre os parlamentares quanto à necessidade de realizá-la, ressaltando que o próprio governador Mauro Mendes (União) já manifestou a intenção de promover o certame para a escolha da empresa que atuará no BRT.
A parlamentar concluiu que este é um tema complexo que não pode ser resolvido apressadamente e que a sociedade deve estar atenta para que decisões precipitadas, influenciadas pelo período eleitoral, não sejam tomadas em detrimento de uma análise aprofundada e responsável.
