A prefeita reeleita de Barra do Bugres (MT), Maria Azenilda Pereira (Republicanos), teve seu registro de candidatura cassado pela Justiça Eleitoral devido à comprovação de compra de votos. A decisão foi proferida pelo juiz Arom Olímpio Pereira, da 13ª Zona Eleitoral, após uma série de provas apresentadas contra a gestora e seu filho, Carlos Luiz Neto, que também ocupa o cargo de Secretário Municipal de Finanças.
Segundo o processo, Carlos Luiz, conhecido como "Cacá", teria oferecido R$ 2 mil e a construção de um muro residencial para uma eleitora em troca de apoio político à reeleição de sua mãe. Inicialmente, o secretário entregou R$ 700 à eleitora, prometendo completar o valor posteriormente. A denúncia foi sustentada por capturas de tela das mensagens trocadas entre eles e por um vídeo que registrou Cacá insistindo para falar com a eleitora em um evento político.
Na decisão judicial, o magistrado destacou que as provas apresentadas evidenciam abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, caracterizados pela utilização de recursos para obter votos de forma ilegal. Além da cassação do registro de candidatura de Maria Azenilda, Carlos Luiz e Arthur José Franco Pereira, vice-prefeito, também foram condenados à inelegibilidade por oito anos e ao pagamento de multa de R$ 200 mil.
"A entrega de dinheiro e a promessa de benefícios em troca de votos configuram grave abuso de poder econômico e político, especialmente por envolver o uso da máquina pública por agentes diretamente ligados à gestão municipal", ressaltou o juiz.
O caso serve como alerta sobre as práticas eleitorais ilícitas, reforçando o compromisso da Justiça Eleitoral com a integridade do processo democrático.