O Tribunal de Contas da União (TCU) arquivou, na última semana, a denúncia do deputado federal Rogério Carvalho (PT-SE) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar acusava Bolsonaro de suposto uso irregular de recursos públicos em eventos ocorridos em 2022.
Entre os alvos da denúncia estavam as comemorações do Bicentenário da Independência, a viagem a Londres para o funeral da rainha Elizabeth II e a participação na Assembleia-Geral da ONU, em Nova Iorque.
A decisão, proferida pelo ministro Antonio Anastasia, concluiu que não houve irregularidades nas despesas.
O relator apontou que os custos do Bicentenário estavam alinhados com eventos semelhantes de anos anteriores e que as viagens internacionais foram realizadas sem indícios de má-fé ou erros graves.
Anastasia reforçou que os procedimentos seguidos obedeceram às normas aplicáveis às ocasiões.
A decisão foi amplamente comemorada pelo Partido Liberal (PL), que utilizou suas redes sociais para celebrar o resultado como uma vitória contra acusações que consideraram infundadas. O PL Mulher declarou:
“Mais uma mentira do PT desmascarada!”, acompanhando a mensagem com o versículo bíblico de Lucas 12:2: "Nada há encoberto que não venha a ser revelado."
A denúncia tinha como base questionamentos sobre a legalidade dos gastos envolvendo as atividades presidenciais de Bolsonaro no período pré-eleitoral.
No entanto, o TCU destacou que não identificou nenhuma discrepância que justificasse ações adicionais ou penalidades.
A decisão gerou forte repercussão no cenário político nacional, evidenciando as tensões entre aliados de Bolsonaro e opositores.
Para os apoiadores do ex-presidente, o desfecho reforça o que classificam como “perseguição política” por parte de seus adversários. Já para setores críticos ao governo anterior, o arquivamento reacende o debate sobre os critérios para o uso de recursos públicos em agendas oficiais.
O caso encerra mais um capítulo nas disputas entre PT e PL, confirmando que a política brasileira continua a ser palco de embates intensos mesmo fora do período eleitoral.
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